Apesar de se encontrar no coração de uma das mais caóticas metrópoles da América do Sul, com má fama provavelmente imerecida, encarrapitado no alto de uma das suas favelas, o local nada de sinistro tem. Tem, sim, uma vista de cortar a respiração. Mostra, sim, uma cidade impossivelmente construída em encostas arenosas. É vigiado, sim, pelo Illimani, o segundo pico mais alto da Bolívia, nevado, à distância, orgulhoso no alto dos seus 6462m.
Meia dúzia de pessoas ciranda por ali: um par de pombinhos adolescentes, visivelmente apaixonados, amassa-se sem cerimónias, num dos bancos de ferro forjado; três japonseses tentam à exaustão encher a máquina fotográfica com fotos em rajada; um polícia de olhar enfadado enche o peito numa tentativa vã de mostrar quem ali manda, sem que ninguém pareça notar na sua presença.
É para mim um dos mais especiais locais do epicentro boliviano, pleno de carácter, charme e nostalgia...
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