Cor!
Adoro cor na
minha vida. Adoro gente colorida. Adoro espíritos folclóricos. Adoro fotografar
a cores! No inverno então, a cor é um refrescante bálsamo para as sombras
cinzentas que, subrepticiamente, nos cavalgam de tempos a tempos. Embora algo
distante, há um tipo de local onde ela faz verdadeiramente parte do
quotidiano, é visível em cada esquina, em cada paisagem, em cada corpo: a
estação de ski! De todas as que conheço, e porque lá tenho regressado regularmente nos
últimos anos, Chamonix tem um lugar especial no meu coração. De cada vez que
chego, é como se entrasse de chofre numa daquelas lojas de tintas que anunciam
fenomenais misturas cromáticas, numa explosão de 10 000 cores diferentes!
A mescla entre a Natureza agreste dos Alpes, que espartilha com as suas encostas brancas e empinadas a malha urbana da cidade, epicentro de uma vivência única do espírito de montanha, é o cenário improvável para este desfile de cor e forma. Skis, calças, casacos, blusões de penas, gorros, luvas, botas, pranchas, tudo serve para uma afirmação de estilo que choca com o cinzentão paradigma a que, na maioria das vezes, sou exposto em Portugal. Decidi portanto compilar alguns desses splashes de cor, resultantes de três viagens à capital do alpinismo mundial.
A mescla entre a Natureza agreste dos Alpes, que espartilha com as suas encostas brancas e empinadas a malha urbana da cidade, epicentro de uma vivência única do espírito de montanha, é o cenário improvável para este desfile de cor e forma. Skis, calças, casacos, blusões de penas, gorros, luvas, botas, pranchas, tudo serve para uma afirmação de estilo que choca com o cinzentão paradigma a que, na maioria das vezes, sou exposto em Portugal. Decidi portanto compilar alguns desses splashes de cor, resultantes de três viagens à capital do alpinismo mundial.
E claro que a
forma não poderia deixar de ser um íman para alguém que, como eu, vive da
imagem. Há uma atracção telúrica para o belo, para o que me excita o olhar,
sobretudo quando um lado selvagem está presente. Mas vai mais fundo: na
montanha há um código implícito de conduta que foge, amiúde radicalmente, às
normas. A assunção do risco – seja em vertiginosas descidas freeride na neve
virgem, seja em ascensões que desafiam os sentidos a picos inóspitos ou em escaladas
cruas de rocha vertical – rompe sempre com algo de instituído. E isso seduz-me.
Fotográfica, mas sobretudo emocionalmente...
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