Produzir hoje uma instalação fotográfica vai muito além de simplesmente pendurar fotos na parede. O desafio de expor fotografia de uma forma cativante e que prenda a atenção dos visitantes obriga a pensar a forma como esta surge e que outros conteúdos podem complementar e potenciar o trabalho gráfico. Como mamíferos que somos, baseamos a nossa percepção da realidade fortemente na visão - daí ser fulcral estimular outros sentidos!
Condensar
50 artigos e 10 anos de trabalho num conjunto de 30 fotografias foi
tarefa a que me propus meses atrás, procurando partilhar a minha visão
pessoal da jornada que fui percorrendo em reportagem para a National
Geographic. Desde a concepção do projecto à implementação do mesmo
muitas ideias ocorreram, muitas foram abandonadas, até se chegar a um
plano concreto e exequível que por estes dias se concretiza.
Feita a edição das imagens e escolhido o laboratório onde serão impressas, todo um outro processo se inicia. Escrever legendas, decidir a distribuição das fotografias na sala, a sequência em que surgem e como montá-las passam a ser as tarefas seguintes. Ver o conjunto tomar forma é sem dúvida uma experiência por si só!
A atenção a textos, letterings, iluminação, música ou ao slideshow multimedia vem depois. E raramente este é um trabalho a solo. Cada instalação conta com o auxilio invisível de designers, pintores, carpinteiros, electricistas, gente incansável que contribui em diferente mas indispensável medida para o resultado final.
Hoje conto finalizar a montagem. Para amanhã ficarão apenas os últimos
retoques, e estaremos prontos para abrir ao público pelas 18h30, no
ANIMA em Ponta Delgada!
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