Há precisamente 70 anos atrás, num gélido dia do inclemente inverno centro-europeu, as tropas soviéticas do Exército Vermelho libertavam o maior e icónico campo de concentração Nazi: Auschwitz-Birkenau.
Os milhares prisioneiros que ainda restavam eram os mais fracos e que já não foram capazes de empreender uma última marcha forçada imposta pelos invasores alemães. Nos dias anteriores o ritmo de execução em massa aumentara, numa urgência de apagar vozes que, inexoravelmente, denunciariam os horrores ali perpetrados. Sob a iminência da derrocada da frente Leste, perto de 60 000 pessoas foram então obrigadas a uma marcha em direcção à cidade de Wodzislaw, na Silésia, junto à fronteira polaca-alemã do pré-guerra, em condições limite, mal nutridas, sob um frio intenso, no limite das suas forças. Os que caiam, incapazes de seguir, eram sumariamente abatidos pelos soldados nazis. Calcula-se que, nestas marchas, 15 000 pessoas terão morrido... As últimas de um milhão!
A escala dos números é tal que quase se torna incompreensível. Hoje importa recordar. Há quem diga que o primeiro passo para repetir a História é esquecê-la. Aqui fica a minha singela contribuição para que tal não aconteça...
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