Não. Não me refiro a Darth Vader nem à luta pelo bem e pelo mal, mas sim à força que a religião tem em grande parte das culturas pelo globo fora. E a Turquia é um caso à parte. (Literalmente) entre dois continentes, encontra-se também num ponto de passagem, entre Ocidente e Oriente, entre cristãos e muçulmanos, charneira dessa luta pelo poder espiritual que se vem desenrolando há milénios e que tantas vezes choca com a paz e quotidiano de milhões de pessoas.
O Estado turco, como o conhecemos, é recente, datando a independência do início da década de 20 do século passado, e foi "fundado" por Mustafa Kemal Atatürk, herói da luta independentista e ainda hoje considerado o pai da Turquia moderna. Como militar que era, consciente das tensões étnicas, religiosas e culturais na qual o novo país assentava, assegurou-se de que as forças armadas teriam sempre um papel forte nos seus destinos, tornando a Turquia no mais laico dos estados muçulmanos. E assim foi até há poucos anos. No entanto, por diferentes motivos, o governo do actual primeiro-ministro, Erdoğan, tem vindo a islamizar a vida política do país, de uma forma nunca vista em quase 100 anos.
Mas o tópico deste texto não é esse. É sim a beleza, variedade e incomensurável valor histórico e estético dos templos de Istambul. Sejam mesquitas, igrejas ou sinagogas, há-as de todos os tamanhos e feitios, a escalas que rivalizam com o que de mais espectacular e belo existe no mundo! As mais conhecidas serão a Mesquita Azul e a Hagia Sofia, bem no centro da cidade, no Sultanahmet. Mas muitas outras são, à sua maneira, igualmente esplendorosas. Chora, para mim, foi a que mais se destacou. Originária do século V, esta igreja sobreviveu durante 1500 anos, mudando de credo, de roupagem interior e de aspecto exterior, até aos dias de hoje! Convivendo com um mundo sempre em convulsão, é testemunho de uma pureza e dureza tão límpidas que me fez sentir colado ao chão e me deixou de olhar vidrado nos frescos, mosaicos e arcos que a suportam... Fora do circuito habitual dos visitantes de Istambul, merece o esforço de lá chegar. Indubitavelmente!
Aqui ficam alguns dos exemplares com que me cruzei, naturalmente incompletos e parciais, mas que nem por isso deixaram de me encantar...
Caro António Luís,
ResponderEliminarPeço desculpa por deixar esta mensagem aqui, mas não encontrei um endereço email onde entrar em contacto consigo em privado.
O meu nome é Martina Ricci, sou editora executiva de uma nova editora, a “Nova Casa Editorial” com sede na Espanha e que tem o prazer de acolher colaboradores de várias nacionalidades que partilham o amor pelas viagens e pelas escrita.
Desta partilha nasceu um projecto novo e excitante: a criação de uma colecção de experiências de viagem.
Entro em contacto consigo porque gostaria de convidá-lo a participar a este novo projecto.
Se estiver interessado, ou pretende maiores informações, não hesite em entrar em contacto comigo ao mail:
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Com os melhores cumprimentos,
Martina Ricci