O regresso do Dubai pautou-se por uma paragem de vários dias na mítica cidade, dividida entre dois continentes, origem de um dos mais poderosos impérios de sempre e, ainda hoje, uma potência militar a temer. O meu encantamento por Istambul data de há muito. Fiz, em 2009, a primeira grande viagem em família. A minha filha tinha então 5 anos e foi toda uma experiência que se revelou fabulosa, prova de que crianças não são um empecilho para os amantes da viagem - bem pelo contrário! Voltarei a esse tema, mas por agora são mesmo os padrões de cor, formas, e combinações que me tomam a atenção!
Tal como em muitas outras grandes cidades, o centro está tomado por turistas. Mas ali os turistas são, por si só, uma atracção. Sentado num banco de jardim, entre a Hagia Sofia e a Mesquita Azul, pareço contemplar uma passagem de modelitos intercontinental: brasileiros espalhafatosos, libanesas com pesada maquilhagem, sheiks árabes com um longo séquito, asiáticos pequenos e irrequietos, russos de olhar gélido acompanhados de russas de voluptuosas formas, sul-americanos bronzeados com indumentárias de cores garridas... e, no meio de tudo isto, turcos. Também os há. Perto de 20 milhões, só em Istambul, dizem! Gente boa, afável, de uma simpatia e hospitalidade talvez insuspeita para quem visita este país pela primeira vez. Há sempre um chá que nos é estendido, um sorriso franco, uma humanidade transversal que seduz.
Nos bazares, nas ruas, nas fachadas glamourosas de ruas ora modernas ora antiquíssimas o quotidiano cromático exibe-se, desavergonhado, orgulhoso, hipnotizante! Na Europa ou na Ásia, aqui quase à distância do toque, de uma curta travessia de ferry, a multiplicidade de estímulos visuais é esmagadora. Um festim para as objectivas, um regalo para a retina...
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