Auschwitz é um dos topónimos mais negros da História. É um dos locais de visita incontornável, ainda que pelos piores motivos. É um daqueles espaços sobre os quais quase há uma responsabilidade social enquanto responsável de uma viagem à Polónia. Como tal, a ele voltei este ano com o meu grupo. Lágrimas rolaram, entre soluços mal contidos. Mesmo para mim, que ali já fui múltiplas vezes, sozinho, acompanhado, a nevar, sob calor intenso e frio cortante, não se altera a repulsa que sinto, a incredulidade perante a maldade humana e, pior que tudo, a constatação de que houve, há e continua a haver muitos Auschwitz, maiores ou menores, pelo mundo fora, quando se passam, por exemplo, 20 anos sobre o genocídio no Ruanda e se assiste à agonia do povo palestiniano sem que nada aconteça. Uma vez mais. E outra. E outra ainda, em diferentes latitudes, religiões ou regimes políticos. A capacidade de inflingir dor ao próximo é inesgotável...
Desta vez foi a chuva que me acompanhou em Oświęcim, o verdadeiro nome da localidade onde os nazis instalaram o maior e mais mortífero campo de concentração que a humanidade já conheceu. E, na descoberta desta nova ferramenta que é o iPhone, decidi fotografar a preto e branco, sendo as imagens tratadas apenas com os filtros internos do telemóvel.
Uma singela homenagem ao mais de um milhão de seres humanos que aqui pereceu...
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