Agora que novos horizontes assomam, e que esta iniciativa caminha a passos largos para a sua conclusão, um novo conteúdo vê a luz do dia - a sua página internet. Tendo o Tiago Costa aos comandos da programação - a quem agradeço o intensivo trabalho subjacente à criação de um site deste tipo - é o resultado de uma experiência que considero poder ser a primeira de muitas, na qual procurámos unir de forma multidisciplinar diferentes meios e tecnologias: fotografia, vídeo, texto, audio, enquadradas por entrevistas, citações e notas de campo, compiladas ao longo dos 1000km do rio Beni.
O projecto, tornado possível pelo apoio da Nomad e contando com a National Geographic Portugal como media partner, teve para mim, desde logo, um objectivo, entre muitos outros: ser uma oportunidade de alargar horizontes e forçar a fronteira cada vez mais ténue entre fotografia e vídeo. Proporcionar ao visitante uma experiência algo diferente da fotografia tradicional, dar-lhe uma dimensão mais interactiva (tanto quanto as limitações do meio nos impõem), e complementá-la com o estímulo de um outro sentido que não a visão. Naturalmente nada se aproxima da experiência de estar lá, sentir a roupa colada do corpo, o zumbido dos mosquitos ou a chuva a bombardear a pele. Mas, à falta de teletransporte, esforçámo-nos por trazer ao visitante o que é viver nas margens do rio Beni, o que sentem as suas gentes, como é o quotidiano das populações que se mesclam na paisagem tropical e à qual chamam lar.
O próprio título do projecto remete para essa dualidade entre Homem e Natureza que presenciei a cada curva do rio, em cada rosto que fitei, em cada estória que escutei, a cada passo que na lama dei... Sobrevive-se à Amazónia. E todo o esforço desta expedição se focou precisamente em documentar isso. Numa frase, o projecto é sobre a vivência da sobrevivência.
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